O Défice de Atenção está subordinado à Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, com a predominância dos sintomas do padrão desatento em detrimento das dificuldades de impulsividade/hiperatividade. É uma Perturbação Neurodesenvolvimental que afeta significativamente o quotidiano da criança/jovem e tende a ser diagnosticada na idade escolar.
A avaliação do Défice de Atenção é realizada através de provas de avaliação psicológica, da recolha de informação desenvolvimental e das dificuldades de vida diária. A intervenção farmacológica é um dos métodos mais comuns de tratamento, mas por vezes acarreta efeitos secundários que interferem com a qualidade de vida e bem estar. Além disso, poderá dar-se o desenvolvimento de tolerância à medicação e são necessários ajustes na posologia devido ao desenvolvimento e aumento do peso corporal, o que leva à prescrição de dosagens superiores ou de novos medicamentos.
Não menos importante, também existem condições clínicas comórbidas como as Perturbações de Ansiedade e dificuldades emocionais como a baixa autoestima.
O primeiro passo é a realização de um Eletroencefalograma Quantitativo, que nos permite compreender a atividade e o funcionamento cerebral do cliente.
Utilizamos métodos de avaliação psicológica fidedignos para obter um entendimento profundo do seu histórico e estado mental atual.
Com base na avaliação realizada elaboramos uma formulação clínica das dificuldades que é então discutida com o cliente. Juntos, definimos objetivos terapêuticos alinhados com as suas necessidades únicas.
Estabelecemos um plano de tratamento multidisciplinar que combina Neurofeedback e Psicologia, aplicando uma série de estratégias e técnicas validadas cientificamente, como psicoeducação, reestruturação cognitiva e planos de reforço, para assegurar uma recuperação mental abrangente e duradoura.
Para maximizar a eficácia do tratamento, envolvemos não apenas o indivíduo, mas também a família e, no caso de crianças, a escola e outros profissionais de saúde que possam estar implicados.