O stress é uma resposta natural do organismo a estímulos externos que podem ser físicos, psicológicos ou psicossociais. Este mecanismo de defesa, embora essencial para a sobrevivência, pode ter repercussões significativas na saúde, afetando sistemas como o imunológico, cardiovascular, respiratório, gastrointestinal, nervoso e endócrino.
Sendo uma manifestação que se assemelha à ansiedade, diferencia-se por ser uma reação a um fator externo concreto, a um evento ou situação que aconteceu ou está em curso, enquanto a ansiedade é caracterizada por preocupações excessivas e persistentes podendo ou não existir um elemento externo que a provoque.
Compreender os diferentes tipos de stress e como se manifestam é crucial para a sua gestão eficaz e é o ponto de partida para encontrar ajuda profissional.
Existem quatro principais categorias de stress: agudo, agudo episódico, pós-traumático e crónico.
O stress agudo é a forma mais comum e ocorre em resposta a situações específicas e de curta duração. Pode resultar de acontecimentos recentes ou pressões imediatas, como ter um prazo apertado para a entrega de um trabalho/projeto ou uma situação de emergência. Em pequenas doses, o stress agudo pode ser estimulante e até benéfico, aumentando a atenção e a performance. No entanto, quando se torna excessivo, pode levar a problemas psicológicos e físicos, como dores de cabeça, distúrbios gastrointestinais e dificuldades de concentração.
Este tipo de stress caracteriza-se pela ocorrência frequente de episódios de stress agudo. Indivíduos que sofrem de stress agudo episódico tendem a viver vidas desorganizadas e caóticas, frequentemente sentindo-se pressionados e atrasados. Estas pessoas geralmente apresentam sintomas como irritabilidade, ansiedade, dores de cabeça persistentes, hipertensão e até doenças cardíacas. O ambiente de trabalho é um contexto comum para este tipo de stress, especialmente em profissões de alta pressão.
O stress pós-traumático é desencadeado pela exposição a eventos traumáticos extremamente intensos. Vítimas de guerra, sobreviventes de desastres naturais ou pessoas que sofreram abusos prolongados podem desenvolver stress pós-traumático. Os sintomas incluem reviver persistentemente o trauma através de memórias intrusivas, pesadelos e respostas fisiológicas intensas ao recordar o evento. O stress pós-traumático pode ser debilitante, afetando gravemente a qualidade de vida e a saúde mental do indivíduo.
O stress crónico é resultante de situações prolongadas e contínuas de pressão. Este tipo de stress pode surgir de problemas persistentes como a pobreza, relações familiares disfuncionais, um casamento infeliz ou um emprego insatisfatório. Ao contrário do stress agudo, o stress crónico é duradouro e pode levar a sérios problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas, AVCs, e até mesmo suicídio. A sensação de não haver saída para uma situação difícil perpetua o ciclo de stress crónico, causando desgaste físico e emocional profundo.